Contemplando o alimento

Introdução


Buda nos aconselha a nos estabelecer no momento presente para comer em estado de consciência plena, cientes da comida diante de nós e das pessoas à nossa volta. 

Nós devemos nos alimentar de um modo tal que a paz, a alegria e a irmandade estejam presentes durante todo o tempo da refeição. 


Irmãos e irmãs, quando ouvirem o sino, meditem, por favor, nas cinco contemplações.


[sino, sino, sino]
As cinco contemplações do alimento

Este alimento é uma dádiva de todo o universo: a terra, o céu,  inúmeros seres vivos; é fruto de muito trabalho árduo, feito com amor. 

Possamos comer e viver em consciência plena e gratidão, para sermos dignos de receber este alimento. 


 Possamos reconhecer e transformar nossas formações mentais prejudiciais, especialmente a nossa gula, e aprender a comer com moderação.
 
 Possamos manter viva nossa compaixão comendo de um modo tal que reduza o sofrimento dos seres vivos, preserve nosso planeta e reverta o processo de aquecimento global.

Aceitamos este alimento para que possamos nutrir a nossa irmandade, fortalecer a nossa Sanga e nutrir o nosso ideal de servir aos seres vivos.
 

Contemplando silenciosamente:






Com a primeira porção, eu pratico o amor que traz alegria.





 Com a segunda, pratico o amor que alivia sofrimento.




Com a terceira porção, pratico a alegria de estar vivo.






Com a quarta, pratico o amor equânime por todos os seres.

Ao término da refeição:


Meu prato está vazio
Minha fome, saciada.
Estou determinado a viver 
em benefício de todos os seres.




[Contemplação usada durante as refeições na comunidade de Plum Village, e versos do livro Chanting from the Heart, por Thich Nhat Hanh, monges e monjas de Plum Village, Parallax Press. Tradução e fotos do junta prato da família crudista de Recife por Tâm Vãn Lang, exceto a foto da mulher amamentando, eleita a melhor foto de 2009]